A primeira vez que eu ouvi Djavan e parei para interpretar uma música dele foi em 1998. A Globo estava exibindo a novela "Meu bem querer" e a música da entrada dessa novela era uma música homônima cantada pelo Djavan. Eu já tinha assistido "Por amor", nessa novela Djavan cantava a belíssima música "Nem um dia", mas eu não entendia a letra direito na época. Eu fiquei encantada por aquela voz e pela letra da música. Intrigava-me a ideia de alguém "morrer de amor". Ficava me perguntando o que seria morrer de amor e como seria isso. Na abertura da novela passava também aqueles pintura (ou desenho?) que são feitos em recipientes de vidro, geralmente mostrando um ponto turístico. É uma arte muito conhecia na região litorânea do Ceará. Eu ficava olhando aquelas pinturas e escutando a música que me tocava profundamente. Lembro pouco da novela, mas sei que a trama se dava numa cidade chamada "São Tomás de Trás" e a trama envolvia histórias com fantasmas também. Eu era apaixonada por novelas e assistia todas com a minha mãe.
O que a minha cabeça de 7 anos não sabia era que um dia eu ia ter oportunidade de ver o dono daquela voz cantar aquela música de perto. Eu pensava que essas pessoas que cantam as músicas que passam na televisão eram de outro mundo ou que nunca viriam para um lugar tão longe. Foi então que ontem, 1º de junho, já muito rouca de cantar as músicas do CD Rua dos Amores, o Djavan já tendo agitado aquela casa de show lotada, começa a cantar: "Meu bem querer, é segredo é sagrado, está sacramentado em meu coração...". Eu me vi pequena, chamando a minha mãe para sentarmos porque já ia começar a novela das 7. Sentava no colo dela ou puxava uma cadeira para mim, e ficava ali, prestando atenção em tudo, encantava com aquela voz. Fiquei emocionada com a lembrança boa. E ontem, era aquela mesma voz de 15 anos atrás que me dizendo que agora eu sei o que é morrer de amor.
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